segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Carta a Renata Toffoli - A saga de um amigo oculto

Essa carta foi escrita em 2004, quando eu estava no final do 3º ano do Ensino médio.
Escrevi depois de comprar o presente de amigo oculto de uma amiga da época.
Essa amiga, que se chama Renata Toffoli (http://todoaquele.blogspot.com/) , era do tipo de pessoa que comprava todos os penduricalhos fofos/idiotas que via pela frente. Gostava de engenhocas inúteis e AMAVA smilles (aquelas carinhas amarelas que estão sempre sorrindo).
Seus pertences pessoais eram cobertos pelas carinhas sorridentes.
Além da personalidade super engraçada, desastrada e curiosa (extremamente curiosa), Toff era 'muito delicada' comigo (percebam a ironia das minhas palavras). Pisava no meu pé quase todos os dias, apertou minha bochecha quando eu estava recém operada do dente ciso, me vendia barrinhas de cereal engordativas, apertou meu pós operatório de furúnculo e outras 'cositas más'. Um doce de menina! HAHAHA

Leia a história e perceba o quanto eu sofri.

Dezembro de 2004.

Oi Toff!
Será que eu consegui te despistar? Você com essa sua curiosidade aguda me irrita, viu?!
No dia do sorteio do amigo oculto fiquei muito feliz de ter tirado seu nome (não por você, é claro), e sim por que achava que te dar um presente seria a coisa mais fácil do mundo! Afinal, você se contenta com qualquer coisa mesmo... ahahahaha.
Mas me enganei e me irritei muito por causa disso. Na lista de sugestões você pediu aquele tal baralhinho idiota "Madame Nova Era" que eu jurava chamar "Madame Magú" (não sei porque) e disse que o preço era mais ou menos R$ 8,00. QUE MENTIRAAAAAAA!

Aquela "enorme" caixinha custava R$14,00!!!! Que furo no olho! oO
Mas pesquisei um pouquinho e achei seu atual presente; outro baralhinho com o nome de "I Ching", bem parecido com o "Madame" e com um precinho beeem melhor.
Na dúvida e com a pressão que o dinheiro fazia no bolso, resolvi andar mais um pouquinho (Sou pão dura mesmo!).
Continuando...
Não falei o lugar ainda, né?! Estava no Mercado central com a Karine.
Passeando por um daqueles corredores 'cheirosos', me deparei com um objeto estranho, amarelo, com a cara redonda e sorridente... Por curiosidade, entrei na loja (com a Karine), me aproximei e verifiquei o objeto. Advinha o que era? Um SMILLE!
O estranho é que ele tinha uns número que pareciam uma régua no meio da cara. Não entendi e pedi ao vendedor que explicasse:
_É um cronômetro! É só você rodar o rosto e deixar virando. No final ele toca como se fosse um despertador.
Na empolgação, levei o "trem"... bem barato. Dava pra comprar mais um presentinho singelo.
Fui embora pra casa feliz da vida por causa da compra (apesar de não ser pra mim).
Chegando abri aquela coisa pra testá-lo novamente (já havia sido testado pelo vendedor).
Me bateu uma tristeza sem noção! Que presente inútil era aquele!? Pra que você ia querer um cronômetro!?! Só porque ele tinha cara de smille? Que idiota eu fui. =/
No sábado voltei ao mercado com o dinheiro contado para o novo presente. Cheguei na loja do baralhinho, pedi a moça pra embalar pra presente e tirei o dinheiro da bolsa. Quando olhei o valor na tabelinha ( \o/ ) perguntei a vendedora se de sexta pra sábado o preço tinha aumentado.
_É que ajustamos os valores pro Natal. Agora a tabela é essa.
Entristeci e pensei rápido.
Lembrei que minha amiga Carol morava bem perto dali (no quarteirão de trás) e fui até lá pedir que completasse o dinheiro... Cumprimentei o porteiro e pedi que ele a chamasse pelo interfone. Ela não estava!!! Então, numa síndrome de cara de pau, pedi o dinheiro emprestado ao porteiro! Consegui convencê-lo da 'gravidade' do meu problema (graças a minha ótima interpretação dramática) , peguei o dinheiro, saí correndo antes que ele desistisse, voltei na loja e comprei o presente.
Desta vez, bem satisfeita com a compra (agora sim), pensei seriamente em ficar com o smille inútil. Dava pra enfeitar, pelo menos...
Ao chegar em casa, tirei-o da caixa e ele caiu no chão. Desmontou todo e parou de funcionar direito.
MORAL: Eu saí no prejuízo!!!

Obrigada pelos apertos de pós operatório, pisões no pé, longas caminhadas pra comprar coisas inúteis, e principalmente pela sua amizade, pois, se não fosse por ela, eu teria comprado qualquer merda.
Adriane.
****
Final da história:
Toff riu muito dessa carta, adorou o presente e implorou pra eu dar o smille de presente. Todos os participantes, exceto eu, saíram satisfeitos do colégio.
Infelizmente, a pessoa que me tirou, comprou dois brincos beeeeeeeeem barangos pra mim. Se custaram R$3.00 (os dois), foi muito.
O smille (quebrado) está lá em casa; enfeitando a televisão do meu quarto. =P

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigaa...adoreiii a historia....deu uma saudadezinhaaa do IEMG....
Eu nem sabia q vc tinha ido me pedir $$$, hahaha...vc pagou meu ex porteiro depois??? Aposto q foi o douglas quem te emprestou...ele era superrr legal...sempre q passo por perto vou la dar um oi pra ele...rsrs....nostalgiaaa!!!!

Renata Toffoli disse...

Sou eu Driii