Quando o fim do ano de 2008 se aproximava, prometi ao meu louco ser, eliminar todo e qualquer tipo de relacionamento não - sólido da minha vida. E consequentemente, não mais procurar um amor. Se tivesse que aparecer, ia aparecer. E sinceramente? Eu queria (e quero) um amor de verdade.
Quando tomei tal decisão, levei em consideração um fator importante: estar livre. Livre de antigos sentimentos. Livre da mágoa de ter sido traída. Livre de estar com alguém. Livre de amar, ou gostar de qualquer pessoa. Por que é preciso se desprender dessas coisas pra conseguir ter algo legal com alguém que se possa vir a conhecer .
Mas o mais importante, é que, ao me lembrar dessa promessa, esqueci de levar outra coisa em consideração: E se a pessoa aparecer, mas não estiver livre dos sentimentos antigos dela? E se ela ainda estiver ligada a outro alguém? E se eu for só uma tentativa de fuga?
Não basta somente eu, ter eliminado os momentos saudosistas. É importante que esse alguém esteja tão livre quanto eu. E na certa, quando comecei a parar de procurar, a pessoa (acho que) apareceu. Porém, somente hoje, sinto que estou sozinha nessa. Por que "a pessoa" parece ser muito ligada aos sentimentos antigos dela. E eu preciso estar bem acompanhada. E se for pra estar junto de corpo, mas sozinha em pensamento, prefiro ficar sozinha. E continuar a minha vida... não procurando...
Odeio sentir dor. Sei que na vida é importante sentir o sabor das coisas muitas vezes pela dor. Mesmo assim eu não gosto. E hoje eu senti dor. Ela veio forte. Me queimou mais do que quando senti as mãos dele passando levemente em minha pele.
E meu coração, por causa dela, bate como se fosse um estilíngue em posição de ataque... e no momento em que solta o elástico, ele pulsa. Devagar e forte. Como uma bomba.
Essa dor se chama ciúme. E é ridículo, nessa altura do campeonato, sentir isso.
Mesmo porque, eu disse que não ia me precipitar. Foi minha promessa de fim de ano.
E por que essa dor veio parar aqui, dentro de mim? Eu não sei. Eu vi. E como diz aquele ditado: "o que os olhos não vêem, o coração não sente."
Como eu disse, eu vi. Vi dois bonequinhos brincando. E os sentimentos demonstrados por eles me pareciam recíprocos. E eu não gostei. E sei que não posso não gostar.
E eu quero tirar essa dor de dentro de mim. A dor da raiva. A dor de não querer partilhar nada. Com ninguém.
Hoje eu senti meu coração apertado.
Ele tá apertado.
Odeio me sentir assim.
Sinto que...
Algo está para acontecer.
Algo aconteceu.
Algo está acontecendo. Agonia.
Meu nome é Adriane. Desde pequena sou apaixonada por estrelas.
Sejam aquelas do céu, sejam as materiais, daquelas que a gente pega, usa e abusa. Por isso, me nomeio Adriane Star.
Eu acredito nas estrelas. Acho que sou uma estrela. Acho não, eu sou. Sou predicação, interseção...
Acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser sem medo de se prender a alguém. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda e chata!
Tenho um milhão de defeitos. Sou de sagitário. Um paradoxo sobre duas pernas. Sou volúvel. Sou fácil. Sou difícil. Depende de quem. Não respeito todas as regras. Não costumo chutar o balde, eu rodo a baiana mesmo. Tenho uma TPM horrível. Acredito que a mágoa engorda, e que tudo que vai volta.
Sou péssima em matemática e arrisco um português mais ou menos. Procuro escrever certo, mas às vezes me enrolo com a gramática. Mesmo não tendo o QI elevado, odeio gente burra.
Falo demais e me incomodo demais. Sou exagerada. Sou uma menina. Sou uma mulher. Mulher das estrelas. Mina de estrelas.