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domingo, 7 de agosto de 2011

Pimenta nos olhos dos outros

Vai que ela resolve me atender? Acho que não custa nada. Já passou tanto tempo e... não acredito que ela seja tão rancorosa a ponto de não querer conversar...
Tuuu. Tuuu. Tuuu. (Tom do telefone)
_Oi.
_Aaaah... éééé... Ei! Tudo bem?
_Tudo. Mas quem tá falando?
_Éééé... Marcos. 
_Que Marcos? O único Marcos que eu conheço não tenho mais cont...
_Sou eu mesmo! Acho que precisamos conversar... Eu tenho taaantas coisas pra te falar... Não queria ter perdido sua amizade e...
_E que eu não quero saber de você, fracassado! Terminou com a namoradinha ou foi ela quem terminou com você?! Cara de pau! 
_Mas é que passou tanto tempo, não achei que tivesse tanta raiva assim. Eu queria esclarecer as coisas! É sério e...
_HAHAHAHA Ainda tenho raiva sim! E que como eu já disse, NÃO QUERO SABER DE VOCÊ! Quero que se exploda, você e a sua culpa! 
_ Então... descul...
_Tum, tum, tum... 
Silêncio e tristeza.
Sentado na cama, o amigo olha curioso:
_E ai cara! O que aconteceu? 
_E ai que ela nem quis conversa. Disse que sou um fracassado e tals...
_Cara, não entendo. O que afinal você fez com ela pra esse ódio não ter passado depois de taaanto tempo? Faz uns 3 anos já... e é normal as pessoas esquecerem...
_Ah... é que... Eu dormi com a melhor (ex) amiga dela. A Ju era a melhor amiga dela... aconteceu... 
_Porra cara! Como você faz uma coisa dessas? Pô! A mina gostava de você pacas! E a Ju? Nunca pensei... agora entendi porque vocês não contavam como se conheceram... A Ju também é maior piriguete né?! Eu já tinha percebido isso, desculpa te falar só agora. Aquela cara de santa nunca me enganou!
_É, eu sei... (choramingando). Também só fui perceber que a Ju não prestava agora, antes de terminar com ela. Por isso resolvi ligar pra Nath... Queria pedir desculpas, sei lá. Eu nem gostava da Ju de verdade. Ela só era uma companheira... a Nath sempre foi 'a' namorada, sabe?!
_Não adianta chorar! Agora é correr atrás. Sei lá... manda flores, vai no trampo dela... tenta conversar pessoalmente. Te apoio em qualquer decisão. Talvez ela entenda! Se eu fosse ela, te perdoaria... passou! Errar é humano!
_Ah! Fico feliz com seu apoio Rafa! 
_Pode contar velhinho! Você é meu amigão e amigos são pra essas coisas!
_Porra! Valeu mesmo! E... já que você disse que passou tanto tempo... eu queria te contar uma coisa, e espero que você me compreenda.
_Claro! Pode falar!
_Eu dormi com a Rê (gente, a Rê é a namorada do Rafa!) na sua festa de formatura... (tampa o rosto com as mãos) Glump!
Barulho. Coisas saltando pelo ar. Sangue. Dentes caindo. 
Alguém voa pela janela.
Adriane Assis

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um conto (quase) erótico

Hoje é sexta.

Eu quero sexo selvagem. Faz um tempo que Paola (minha namorada) não se dedica tanto quando o assunto é esse. Ela nem faz coisas eróticas e excitantes. Quero experimentar algo novo. Um corpo carnudo, com formas. Paola é uma linda morena "minguadinha", cabelo castanho, todo cacheado. Parece uma menina de 12 anos. Usa calcinha de algodão o tempo todo. E os sutiãs dela nem me chamam atenção. Fala como criança. Escreve como uma adolescente apaixonada. Tem dias que me sinto um pedófilo. Gosto dela, mas poderia gostar mais; se ela se dedicasse, é claro. Mas especialmente hoje eu quero uma mulher. Quero carne. Quero suor. Quero gritos e gemidos. Quero falar palavrão.
Acabei de dizer que vou dormir mais cedo. Paola não parece ter ficado furiosa, afinal, faz três semanas que não nos vemos nos dias de sexta, e eu preciso 'comer' algo diferente. Disse a ela que é melhor encontrar suas amigas. Se não estivesse com tanta vontade de uma f*da diferente, nunca diria isso. Não gosto muito das amigas dela.
Marquei com dois amigos. Vamos pra mais nova boate da cidade. Um deles tem conhecimento do lugar. Até transou com uma das dançarinas mascaradas. Me contou que lá não trabalha qualquer uma. Segundo ele, as meninas são de primeira qualidade e o sexo também. O que me chamou atenção para o lugar é que o sexo não é pago. As garotas não transam com qualquer um. Toda sexta cada uma delas escolhe um cliente. Espero ser o escolhido, senão parto pra outro lugar. Sexo pago.
Rafael e Cleiton chegaram. Entro no carro. Estamos animados, imaginando como será a noite. Talvez role um sexo grupal. Claro, sem envolvimento gay. Não gosto de homem. Nem tenho vontade. Vamos apenas trocar as garotas. Se elas aceitarem.
Chegamos. O lugar é bem discreto. Nem parece uma boate. Do lado de fora eu vejo uma parede branca e uma porta de ferro pintada de preto. Um tapete cinza na porta. Nenhuma placa.
Somos recebidos por dois homens de terno. Um deles entrega o cartão de acesso. Entramos na boate.
Um corredor escuro com uma luz no final. Estou vendo uma cortina vermelha.
Entramos em uma sala com acrílico preto na parede. Luz baixa e três caixas. Três mulheres lindas e um homem. Deve ser o segurança.
Passamos por uma porta de metal. É um detector. Nosso pertences são lacrados e colocados em pequenos compartimentos de uma parede. Só fico com o cartões de crédito e de acesso no bolso.
Abre-se outra cortina. O lugar é imenso. Muitas mulheres lindas. Realmente meu amigo estava certo. Rafael neste momento conversa com uma linda loira de olhos azuis. Ele sorri cretinamente e nos chama. O nome dela é Raquel. Não trabalha aqui. Foi prestigiar a namorada. Uma das dançarinas da noite. Noto que Cleiton conversa com um segurança.
Cleiton conseguiu um 'pub' na área VIP. Fica do lado direito à frente do palco. Um dos shows está prestes a começar. Raquel senta-se conosco. Ela é hilária. Muito simpática.
Algumas mulheres dançam. A namorada de Raquel é boa profissional. Me chamou atenção, pena ser lésbica. Mas isso não importa; seria bem interessante ter duas mulheres.
As dançarinas provocam. E não pedem dinheiro.
A luz apaga-se subtamente. O palco brilha com uma mistura de luzes azuis.
Entra uma bela morena mascarada. Raquel acaba de dizer que é a atração da noite. Ela caminha até aquilo que hoje chamam de Póle Dance.
A morena dança sensualmente e todos a olham como se fosse a última mulher do mundo.
Me sinto atraído e percebo que aqueles traços são comuns aos meus olhos. Mas deixo pra lá.
Todos, homens e mulheres extremamente excitados. Incrível.
Então ela escolhe Rafael. Não sei como ela pode tê-lo escolhido. Acredito que de onde ela está não dá pra ver quase nada. E me acho mais pinta que ele.
Meu amigo sobe ao palco, troca algumas carícias com a morena. Ela cochicha alguma coisa em seu ouvido.
_Que inveja! grito com a intenção de um sussurro. Raquel conta que a morena se chama Janaína.
Rafael desce empolgado e diz que ela o convidou para um box particular. Cara de sorte!
Ao fim da apresentação, Rafael demonstra ansiedade, parece que nunca transou com uma mulher como aquela. Fui escolhido por duas garotas, são namoradas. Acho que tive sorte.
Aviso meus companheiros que estarei no box 03. É, nessa boate as pessoas transam em boxes.
Depois do aviso, percebo que Rafael se distancia e some em um corredor.
Ainda estava nas preliminares com as garotas quando Rafael entra no box com cara de assustado.
Pergunto o que aconteceu e ele me convida para ir até seu box ver com meus próprios olhos.
Ando devagar e no meio do caminho meus pensamentos se embaralham em perguntas.
_ Será que Rafael brochou? Ou... Não acredito que essa mulher é um homem! Velho, o que pode ter acontecido pra esse cara não estar lá fod*ndo essa mulher?!
Abro a cortina! Janaína dança sozinha. Me aproximo e ela me chama com as mãos...
Ela está nua. Me sinto muito mais excitado do que com as duas garotas. O cheiro dela inebria o ambiente...
Ela acha que sou Rafael e pergunta por que saí...
A voz me assusta...
_Não é possível! penso.
Um feiche de luz cai sobre seu rosto.
Em um instante ficamos os dois com cara de assustado. Me sinto traído.
Janaína na verdade é Paola, minha namorada sem graça.

Adriane Assis

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pra ler e viajar...

Pego um livro e me sento em uma poltrona macia.
A sala é aconchegante e quente.
Ao abrir a capa vermelha, noto uma dedicatória emocionante.
É uma declaração de amor.
Não havia percebido antes. Talvez meu sentimento por ele não fosse tão intenso quanto agora.
Leio algumas páginas. Viajo.
Sinto um calor tomar meu pescoço. É Lucas.
Me perco. Sorrio feliz com a chegada dele.
Deixo o livro de lado, prefiro viajar por aquele corpo.



Adriane Assis

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Toque de frieza...

Cá estou eu deitada com as pernas entreabertas.
Nua.
Meu corpo carrega milhares de poros arrepiados.
Então ele desliza sobre mim.
Meus olhos fecham lentamente acompanhados de um girar.
São essas mãos quentes que me deixam assim.
Minha mente não acompanha os movimentos do meu corpo.
Suor. Muito suor.
Trêmula.
Lapsos.
Gemidos.
Ele solta o corpo como se estivesse desmaiando sobre mim. Vira de lado.
Dorme.
Fico sozinha com meus pensamentos e percebo...
Cá estou eu deitada com as pernas entreabertas.
Nua.
Adriane Assis

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Das desculpas dos homens...

"Aqui é da casa de Romeu. Ainda procuro por minha Julieta. [risinhos] Deixe seu recado após o bip."

Biip!

_Aqui... estou te ligando pra você pegar suas coisas. Já estão separadas na caixa azul no canto da sala. Não estarei aqui quando chegar e peço que não me procure mais. Ah! Não bagunce nada ou eu mato você!
...

Romeu aparece com a barba por fazer, um cheiro de sabonete de motel e algumas rosas (de cores diferentes) soltas em uma das mãos.

_Você não recebeu o recado?

Romeu [com cara de estranhamento]: _Que recado? Não recebi nada.

_Ah! Esquece! Saudade de você! [sorriso no rosto] O que vamos fazer hoje?

R: Vim te amar. Depois vamos pra minha casa. Vou fazer um jantar especial. [segura a cintura dela]

_Amo você! Vou adorar ir pra sua casa! E... Nunca mais suma sem avisar! [Beijos]


...

Ela planejava apagar o recado da secretária assim que Romeu fosse pro banho.

Romeu (que havia sumido por dois dias) passou em casa e ouviu o recado da secretária. Saiu e fez compras pro jantar. Quando dirigia-se pra casa dela comprou rosas. Cada cor representava uma desculpa.


Romeu já levou margaridas, flores do campo, hortências... Na próxima semana ele vai sumir de novo. Qual será a flor que ele vai comprar?
Adriane Assis

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Lembranças daquela mulher...


Não passava um dia sequer sem recordar algum momento vivido com ela. Sim, era uma mulher linda. A pele do seu corpo era macia e exalava um cheiro absurdamente sedutor. O cabelo encaracolado e escuro como noite de chuva o enlouquecia. Ficava excitado só de imaginar uma de suas mãos enroscada naqueles fios; enquanto a outra em sua fina cintura direcionava-a em sentido ao seu corpo. No pensamento escutava os estalos de quando ele a batia. Ela gostava de apanhar. Transformava-se em uma vadia quando estavam entre quatro paredes.
Aaah, e os dedos? Ela chupava os dedos dele. Não somente os dedos. Chupava outras coisas também. Sabia fazer ‘aquilo’ como ninguém. Ele sentia falta. Das que apareceram depois, nenhuma outra foi capaz de tanta habilidade e eficiência. Aquela mulher não tinha medo. Não tinha nojo.
E o sorriso dela?! Branco e quadrado. Os dentes pareciam ter sido esculpidos a gesso, com algumas falhas, feitas por um aprendiz. Aquele sorriso não costumava se abrir para tudo, mas reluzia felicidade quando ele dizia amá-la.

Foi ele quem terminou a relação. Não existia arrependimento. Estava acomodado ao destino que ele mesmo traçou. Teve medo de se entregar. Ele a deixou porque quis. Se encantou por outra. Preferiu uma ninfeta a ficar com ela. Era quase que a mesma imagem da mulher; alguns anos mais nova e alguma paciência e carinho a mais.
A mulher era marcada por experiências sofridas. A ninfeta era viva. Alegre. A mulher se dedicava. A ninfeta era companheira. A mulher se preocupava. A ninfeta o fazia gargalhar. A mulher ele amava. A ninfeta ele aturava.
Ficou muito tempo preso a imagem da ninfeta. Já a mulher que por muito tempo sofreu, reergueu – se e está mais bela do que nunca. Arrumou um outro rapaz. Quisto que só. Um jovem que a faz sorrir a cada minuto.
Ele sente inveja do rapaz e se morde de ciúme toda vez que lembra que agora ela é de outro. Tem vontade de matá-lo só de imaginar a boca dele roçando os lábios dela.
E então, sozinho e em silêncio, ele senta-se a frente de uma janela clara, e todos os dias à noite procura vestígios... daquela mulher.
Adriane Assis

terça-feira, 4 de maio de 2010

"O trabalho é, o pai do prazer."


Tudo começou assim...
(...) então ele tirou a sua blusa. Beijou e mordeu com ardor os seios daquela moça. De tão pequenos cabiam na palma de sua mão. Ele não se importou; era prazeroso sentir que eles recheavam também a sua boca. Apertou firme a cintura dela. Dedilhou. Seu nariz percorreu por todos os contornos que aquele corpo moreno apresentava. O cheiro era delicioso e inebriante. A sua língua quente a fazia arrepiar... e seus pêlos pareciam um capinzal a levantar com o vento.
Com leveza ela arranhava sua barriga e respirava profundamente em seu ouvido. Pareciam uma pessoa só. (...)
Naquele movimento de vai e vem os olhos dele apreciavam a beleza dela. Não podia imaginar uma mulher com traços tão bonitos e personalidade tão forte. Ele não a conhecia direito, mas pelo olhar e gestos percebia que ela era assim.
O corpo dele esquentou. Suas pernas estremeceram. Ela olhava com sagacidade. Era um prazer ver aquele rapaz delirando. Levantou. Sorriu maliciosa e ironicamente.
Dirigiu –se até a penteadeira. Pegou um cigarro ainda o observando. Ele demonstrava cansaço e felicidade infortúnia.
_São 300,00 reais. Ela disse.
Jogou as roupas sobre o rapaz, que se vestiu, pagou e saiu.
Ela gritou:
_Próximo!
E...
Tudo começou assim...
Adriane Assis


(Título da crônica é uma frase abreviada de Voltaire:
"O trabalho é, na maioria da vezes, o pai do prazer.")

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando ele chega

Virgínia está deitada seminua na cama.
Carlos tira a roupa. O cheiro de seu suor entranha nas narinas dela.
Carlos vai tomar banho.
Virgínia sente uma vontade louca de fazer amor. Ela espera. Espera. Espera.
O fogo aumenta.
Carlos sai do banho.
Virgínia o enxuga. Virgínia é que precisa se enxugar. Está encharcada. Virgínia cheira Carlos. Carlos se excita. Carlos de off vai pra on.
Ele joga pro lado a toalha.
Conectando.
Encaixe.
Plug.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um dos Contos de amor rasgados

“Beije-me”, pedia ela no amor, quantas vezes aos prantos, a boca entreaberta, sentindo a língua inchar entre os dentes, de inútil desejo.
E ele, por repulsa secreta sempre profundamente negada, abstinha-se de satisfazer seu pedido, roçando apenas vagamente os lábios no pescoço e rosto. Nem se perdia em carícias, ou se ocupava de despir-lhe o corpo, logo penetrando, mais seguro no túnel das coxas do que no possível desabrigo da pálida pele possuída.
Com os anos, ela deixou de pedir. Mas não tendo deixado de desejar, decidiu afinal abandoná-lo, e a casa, sem olhar para trás, não lhe fosse demais à visão de tanto sofrimento.
Mão na maçaneta, hesitou porém. Toda a sua vida passada parecia estar naquela sala, chamando-a para um último olhar. E, lentamente, voltou à cabeça.
Sem grito ou suspiro, a começar pelos cabelos, transformou-se numa estátua de sal.
Vendo-a tão inofensivamente imóvel, tão lisa, e pura, e branca, delicada como se translúcida, ele jogou-se pela primeira vez a seus pés.
E com excitada devoção, começou a lambê-la.

(Marina Colasanti, in: Contos de Amor Rasgados)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Devaneios...

Eu estou na cozinha, um vestido florido cobre minha pele macia...
Sinto o aproximar de um corpo quente. Sua mão envolve minha cintura, enquanto outra segura meu cabelo...
Meu corpo inclina em direção a pia, seus dedos acariciam meus mamilos enrigecidos...
Pouco a pouco, meu vestido já não está em meu corpo e eu sinto o suspirar excitado de suas narinas.
Uma pressão toma conta de mim...
Quando me viro, sinto o tocar de seus lábios nos meus... e sua língua circulando minha boca, depois meu pescoço, meus seios... minha virilha.
Posso sentir o umidecer e o pulsar da parte mais fervilhante do meu corpo.
Em tempo, estamos nus, com corpos suados e entrelaçados... Um movimento sublime e brusco de um vai e vem...
Um cheiro excitante...
Abraços, beijos, suor, prazer, gritos, gemidos, amor, selvageria...
Gozo.

Adriane Assis