(...) então ele tirou a sua blusa. Beijou e mordeu com ardor os seios daquela moça. De tão pequenos cabiam na palma de sua mão. Ele não se importou; era prazeroso sentir que eles recheavam também a sua boca. Apertou firme a cintura dela. Dedilhou. Seu nariz percorreu por todos os contornos que aquele corpo moreno apresentava. O cheiro era delicioso e inebriante. A sua língua quente a fazia arrepiar... e seus pêlos pareciam um capinzal a levantar com o vento.
Com leveza ela arranhava sua barriga e respirava profundamente em seu ouvido. Pareciam uma pessoa só. (...)
Naquele movimento de vai e vem os olhos dele apreciavam a beleza dela. Não podia imaginar uma mulher com traços tão bonitos e personalidade tão forte. Ele não a conhecia direito, mas pelo olhar e gestos percebia que ela era assim.
O corpo dele esquentou. Suas pernas estremeceram. Ela olhava com sagacidade. Era um prazer ver aquele rapaz delirando. Levantou. Sorriu maliciosa e ironicamente.
Dirigiu –se até a penteadeira. Pegou um cigarro ainda o observando. Ele demonstrava cansaço e felicidade infortúnia.
_São 300,00 reais. Ela disse.
Jogou as roupas sobre o rapaz, que se vestiu, pagou e saiu.
Ela gritou:
_Próximo!
E...
Tudo começou assim...
Adriane Assis
(Título da crônica é uma frase abreviada de Voltaire: "O trabalho é, na maioria da vezes, o pai do prazer.")
Meu nome é Adriane. Desde pequena sou apaixonada por estrelas.
Sejam aquelas do céu, sejam as materiais, daquelas que a gente pega, usa e abusa. Por isso, me nomeio Adriane Star.
Eu acredito nas estrelas. Acho que sou uma estrela. Acho não, eu sou. Sou predicação, interseção...
Acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser sem medo de se prender a alguém. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda e chata!
Tenho um milhão de defeitos. Sou de sagitário. Um paradoxo sobre duas pernas. Sou volúvel. Sou fácil. Sou difícil. Depende de quem. Não respeito todas as regras. Não costumo chutar o balde, eu rodo a baiana mesmo. Tenho uma TPM horrível. Acredito que a mágoa engorda, e que tudo que vai volta.
Sou péssima em matemática e arrisco um português mais ou menos. Procuro escrever certo, mas às vezes me enrolo com a gramática. Mesmo não tendo o QI elevado, odeio gente burra.
Falo demais e me incomodo demais. Sou exagerada. Sou uma menina. Sou uma mulher. Mulher das estrelas. Mina de estrelas.