Como sempre tudo começa no metrô. Desta vez foi a caminho do metrô. Não, nada de conquistas ou flertes. Posso chamar de uma disputa. Uma disputa e uma vingança; talvez. Senti que foi isso.
Primeiro ele escolheu a mesma roleta que eu, por algum instante demonstrei que ia passar meu cartão. Tudo bem, relevei.
Depois, em um anti – cavalheirismo, um único banco de ferro disponível na estação. Passei pela esquerda; ele pela direita. Senti que correu pra me ultrapassar e alcançar aquele banco almejado por mim. Sentou-se e ainda olhou com ar de: Consegui! Ódio.
Dei de ombros e virei as costas, como quem nem tinha ligado pro acontecido. O metrô chegou. Ao abrir as portas notei que ele havia entrado no mesmo vagão que eu. Vários lugares para sentar devido o destino que tomava. Como um sinal de pirraça, ele escolheu o banco ao meu lado.
Perguntei mentalmente: _Afinal, o que esse idiota quer?
Ao levantar para sair do vagão e seguir meu destino, percebi que o desconhecido fez o mesmo.
Com a paciência no limite e os olhos ardendo por vingança, lancei um olhar furioso e vermelho. _Ah! Ele não sabe com quem está mexendo!
Ele percebeu. Mesmo assim foi copiando meu caminho até a rampa...
Desci, esperei que ele tomasse a frente. Ao chegar nas escadas ele caiu. Olhou pra mim meio que pedindo socorro. Sorri maliciosamente.
Passei por ele.
Não ajudei.
Eu disse que ele não sabia com quem estava mexendo...
Adriane Assis
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